SEGUNDA LIÇÃO
Meu avô sabia escrever o nome dele, meu pai já tinha o primário, aprendeu regra de três COMPOSTA no ensino PRIMÁRIO, hoje nosso sistema de ensino precisa de 8 anos para ensinar a regra de três SIMPLES.
Meu pai lia, lia muito e comprava muitos livros, uma vez por ano ia à Blumenau comprar o livro do autor que houvesse ganho o Nobel de Literatura naquele ano. Tenho ainda comigo, foi minha herança, G. Bernard Shaw (Quem sou e o que penso); Thomas Mann (Schopenhauer) (filósofo da vontade e do pessimismo como dizia Thomas Mann); Ernest Hemingway (O Velho e o Mar), Albert Camus (O Estrangeiro)… o último que ele comprou foi Moisés de Pär Lagerkvist.
Entre tantos, (não nobéis), que herdei há um que ajudou muito para a minha formação, trata-se de Novum Organum de Francis Bacon. No livro I (Aforismos) Bacon escreve:
“Ciência e poder do homem coincidem, uma vez que sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. POIS A NATUREZA NÃO SE VENCE, SE NÃO QUANDO SE LHE OBEDECE. E o que à contemplação apresenta-se como causa, é regra na prática.”
Novamente aparece a palavra-chave do meu avô: RESPEITO.
Quatrocentos anos depois de Francis Bacon, Herman Daily e Ernst Friedrich Schumacher, cada um no seu canto, escrevem os livros que dão o pontapé inicial para a formulação da ECOECONOMIA.
Princípios de Daily:
- A taxa de utilização de recursos naturais renováveis não deve ser maior que a taxa de renovação do recurso.
- A taxa de utilização do recurso não renovável não deve exceder a taxa do substituto renovável.
- A taxa de poluição não deve exceder a capacidade de assimilação do sistema natural.
Meu avô continua certo: 1) RESPEITO, 2) RESPEITO, 3) RESPEITO.